junio 20, 2006

Só Petrobras não acatou nacionalização, critica Bolívia.

Publicado en Estadao.com.br

LA PAZ - A Petrobras foi a única multinacional afetada pela nacionalização dos hidrocarbonetos (gás e petróleo) na Bolívia que "não acatou" essa decisão do governo de Evo Morales, segundo o ministro de Planejamento do Desenvolvimento boliviano, Carlos Villegas.

Villegas fez estas declarações na entrevista coletiva em que apresentou o plano econômico do presidente socialista para seus cinco anos de gestão, que termina em 2010. "À exceção da Petrobras, a maioria das empresas que tinham contratos de joint venture aceitou, acatou o conteúdo do decreto de nacionalização", anunciou o ministro.

Com ativos no valor de US$ 1,5 bilhão, a companhia brasileira é a principal investidora no setor petroleiro boliviano, junto à hispano-argentina Repsol YPF, em uma área na qual também estão presentes as britânicas British Gas e British Petroleum e a francesa Totalfinaelf.

Villegas disse que estas companhias "estão em processo de negociação com as autoridades do Ministério de Hidrocarbonetos e da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB)". "A única empresa com a qual o diálogo ainda não foi iniciado foi com a Petrobras", reiterou, apesar de o Brasil ter se mostrado disposto a acatar a nacionalização quando ela foi decretada, em 10 de maio.

Houve uma reunião um pouco depois em La Paz entre o ministro de Minas e Energia brasileiro, Silas Rondeau, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz, e o presidente da YPFB, Jorge Alvarado.

Negociação

O ministro de Planejamento do Desenvolvimento boliviano esclareceu nesta terça-feira, no entanto, que a Petrobras informou ontem que "está disposta a começar a negociar" e convidou as autoridades bolivianas a viajar ao Brasil.

O ministro explicou que "é muito difícil" que esta viagem aconteça, por causa da "apertada agenda" dos funcionários de La Paz, e que "está sendo elaborada uma contraproposta para que as autoridades do Brasil" viajem à Bolívia para iniciar as negociações.

A oferta da Petrobras de começar a negociar é uma resposta à exigência do Executivo de Morales de aumentar o preço do gás natural que a Bolívia exporta ao Brasil mediante um contrato assinado em 1999 entre as duas nações.

La Paz informou à Brasília sobre sua intenção de revisar o acordo, um passo que ativa um prazo de 45 dias para que as partes cheguem a um acordo. Se não chegarem, o convênio estipula a intervenção de um tribunal de arbitragem internacional para solucionar a questão.

Segundo a imprensa, os executivos da Petrobras não estão dispostos a aceitar uma alta do preço do hidrocarboneto e querem esgotar os 45 dias de prazo, convencidos de que sairão ganhando em uma instância judicial no exterior - principalmente porque o contrato já fixa um aumento gradual da tarifa em função da alteração do custo de outros carburantes alternativos no mercado internacional.

A Bolívia bombeia atualmente cerca de 26 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil a US$ 3,4 dólares por milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica). A Bolívia também pretende aumentar o custo do gás exportado para a Argentina (5,5 milhões de metros cúbicos diários, a um preço similar).

Ministro boliviano diz que Petrobras é 'a única que não acata a nacionalização'.

Publicado en Gazeta do Povo.

O ministro boliviano do Planejamento e Desenvolvimento, Carlos Villegas, disse nesta terça-feira que a Petrobras é a única empresa que não acatou a decisão do governo de nacionalizar as reservas de gás natural da Bolívia.

O ministro, que apresentou o plano econômico do presidente Evo Morales para os próximos cinco anos, até 2010.

- À exceção da Petrobras, neste momento, a maioria das empresa que tinham contratos de risco compartilhado aceitaram, acataram o conteúdo do decreto de nacionalização - disse.

Com investimentos de US$ 1,5 bilhão no país, a Petrobras é a principal empresa estrangeira a atuar no setor de petróleo da Bolívia, junto com a hispano-argentina Repsol YPF, em uma área em que também têm presença as britânicas British Gas e British Petroleum, além da francesa TotalFinaElf.

Villegas disse que todas essas companhias estão em processo de negociação com as autoridades correspondentes do Ministério de Hidrocarburos e a YPFB, a empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos.

- A única com a qual ainda não iniciamos as negociações é a Petrobras - reiterou.

Em maio, nove dias depois que Morales assinou o decreto, a empresa e o governo brasileiros disseram que cumpririam as novas regras.

Petrobras propone discutir el precio del gas este miércoles; YPFB pide aplazar la reunión.

Publicado en RedBolivia.
La Paz, Bolivia --

La empresa Petrobras respondió a la notificación fehaciente de Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), proponiendo iniciar la revisión de los precios del gas natural a partir de este miércoles 21 en Río de Janeiro, informó el presidente de la estatal petrolera Jorge Alvarado.

“La nota de Petrobras nos llegó el viernes pasado. Nosotros, en la respuesta respectiva les hemos manifestado que posterguemos el encuentro hasta el lunes 26 de este mes, debido a las múltiples tareas que tenemos”, añadió.

Según las cláusulas del contrato de venta y compra de gas natural suscrito entre Bolivia y Brasil en 1996, después de la notificación fehaciente, las partes interesadas deben reunirse en el plazo de 15 días. Las negociaciones deben demorar un máximo de 45 días. Vencidos este plazo, si no logran un acuerdo pueden recurrir a un tribunal arbitral.

Alvarado manifestó que la postergación de la reunión que pide YPFB está supeditada a esos plazos. “Con seguridad que empezaremos la revisión el lunes 26, antes de que los presidentes Evo Morales y Nestor Kirchner se reúnan en Buenos Aires”, agregó.

Ambos mandatarios tienen una cita en la “Casa Rosada” donde definirán el precio del gas natural que Argentina importa de Bolivia. Esa tarifa serviría como referente en las negociaciones entre Petrobras y YPFB.

Al presente, Brasil importa 27 millones de metros cúbicos por día (953.910.00 pies cúbicos) a un precio de 3,90 dólares por millar de pies cúbicos. Este precio representa la tercera parte de las tarifas internacionales que actualmente oscilan en entre los 10.11 dólares el millar de pies cúbicos.

Por estos referentes, el ministro de Hidrocarburos y Energía Andrés Soliz Rada opinó que el precio del energético que compran los brasileños debería costar entre siete y nueve dólares el millar.

Pero los brasileños dicen que no aceptarán ningún un incremento del precio fuera de los términos del contrato. El director de Petrobras Ildo Sauer manifestó que hasta fin de año la tarifa del gas llegaría a 4,4 dólares aproximadamente el millar, “lo que es sumamente bueno para los bolivianos”.

Bolivia vende a Brasil gas húmedo, es decir además de metano con etano, propano, butano y hexano. De estos cuatro últimos elementos Petrobras obtiene gas licuado de petróleo, diesel y gasolina ecológicos, con cuya venta pagan gran parte del gas que compran de Bolivia.

Bolivia pone "candados" a su gas.

Publicado en Clarín.

El gobierno boliviano impuso "candados" en el nuevo contrato que firmará el próximo 29 de junio con Argentina para evitar que le revenda a Chile el gas que le compra a Bolivia. "Ahora se están poniendo candados para evitar la venta de gas (boliviano) a Chile por parte de Argentina", dijo a una cadena de televisión el presidente de la empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Jorge Alvarado, en declaraciones que reprodujo la agencia de noticias EFE.

La postura de La Paz se explica por el resquemor existente en Bolivia desde que, en una guerra de en el último tercio del siglo XIX, perdieron a manos de los chilenos su acceso soberano al océano Pacífico.

Alvarado recordó ayer que el contrato vigente entre Bolivia y Argentina, suscrito en el 2004 y que vence a finales de año, establece límites a esta posibilidad, como impuso el entonces presidente boliviano, Carlos Mesa, quien acuñó una expresión que pronto ganó fama: "ni una molécula de gas a Chile".

El funcionario reiteró que en el que suscribirán Kirchner y Morales en Buenos Aires quedará todavía más acotado el asunto, aunque según los expertos es imposible controlar realmente lo que hace Argentina con el gas. Sobre este convenio, el titular de YPFB señaló: "Hay un consenso en lo que respecta al precio, los volúmenes y el tiempo" de duración del acuerdo, aunque prefirió no dar más detalles.