mayo 08, 2006

Ingenuidade e ideologia.

Publicado en VEJA.

A surpresa do governo com o anúncio de Morales e a maneira como reagiua ele mostram do que é feitaa política externa de Lula

Ao admitir que o governo brasileiro foi "pego de surpresa" pelo anúncio do presidente da Bolívia, Evo Morales – que decidiu nacionalizar a exploração das reservas bolivianas de gás natural e petróleo –, o assessor especial de política externa, Marco Aurélio Garcia, proferiu uma meia verdade. Morales, afinal de contas, nunca escondeu de ninguém suas intenções. Transformou a idéia numa de suas promessas de campanha (de resto, toda ela baseada na exploração do sentimento "nativista" dos bolivianos), vinha falando do assunto abertamente desde a posse e, no mês passado, em entrevista a um canal de TV brasileiro, declarou, com todas as letras, que pretendia fazer o que de fato fez. Não foi por falta de aviso, portanto, que o governo brasileiro foi pego de calças curtas. Ocorreu que, embora Lula, representantes do Itamaraty e o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, estivessem fartos de saber dos planos de Morales, eles acreditaram, até o dia 1º de maio, que a "amizade" entre os presidentes dos dois países mais a importância da presença da estatal brasileira na Bolívia garantiriam ao Brasil um tratamento especial nas negociações. Mas não houve tratamento especial nem sequer negociação, já que a decisão da Bolívia foi unilateral. O Brasil levou um golpe de mão de Morales, seu corpo diplomático passou um atestado de incompetência ao mundo e o presidente Lula viu-se obrigado a sorrir amarelo. "A condução desse episódio foi uma demonstração de amadorismo por parte do governo brasileiro", afirma Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro em Washington.

Lula viu-se obrigado a sorrir amarelo por causa da vaga cartilha ideológica de esquerda que passou a nortear as ações da diplomacia brasileira desde que ele assumiu a Presidência e com a qual ainda se sente obrigado a ser coerente. Foi essa vaga cartilha que o levou a considerar que Morales tinha o "direito" de tomar à força refinarias construídas com dinheiro brasileiro e de ameaçar o acordo de fornecimento de gás que viabilizou a construção (também com dinheiro brasileiro) do gasoduto até os mais importantes pólos industriais do país. O saldo da fala presidencial é desastroso: ao defender a Bolívia, e não o Brasil, Lula deu a impressão de ter sido também "nacionalizado" por Morales.

Não há maior pecado na diplomacia, cuja essência é o pragmatismo na busca pela manutenção dos interesses comerciais e geopolíticos do país, do que ser ingênuo. A diplomacia do governo Lula é, infelizmente, ingênua – e, como tal, tem dado em nada na esmagadora maioria das vezes. "A política externa brasileira se caracteriza hoje pela ideologização das decisões e pela politização das negociações comerciais", avalia o embaixador Barbosa. O resultado dessa opção tem sido uma sucessão de prejuízos para o país. Em troca de apoio para suas pretensões de conquistar uma cadeira no Conselho de Segurança, o Brasil, em novembro de 2004, reconheceu a China como uma economia de mercado. Com o gesto – por meio do qual assumia que os chineses adotam práticas comerciais condizentes com as regras mundiais –, o Brasil abriu mão do direito de recorrer a salvaguardas comerciais para proteger-se em caso de concorrência desleal chinesa. Pequim retribuiu a gentileza aliando-se aos Estados Unidos e à Rússia, em 2005, para vetar o projeto que ampliaria o Conselho de Segurança, possibilitando a entrada do Brasil no grupo. Não foi só. Mais recentemente, o governo aceitou que a Argentina, parceira no arruinado Mercosul, impusesse barreiras à importação de alguns produtos brasileiros para proteger o seu mercado interno, sob o inacreditável argumento de "ajudar o país vizinho no seu retorno a um ciclo de crescimento". Agora, na crise boliviana, o governo repete o padrão de subordinar os interesses nacionais às obsessões históricas do partido pelo qual foi eleito. Ao roubo do patrimônio brasileiro praticado por Morales, Lula respondeu com um discurso em que negou a existência de crise com o país vizinho – a que se referiu como "esse povo sofrido que tem o direito de reivindicar maior poder sobre a maior riqueza que tem". Nada sobre o fato de os interesses brasileiros na Bolívia terem sido agredidos de forma inaceitável.

A crise com a Bolívia (que apenas para o presidente brasileiro não existe) escancarou o modelo centralizador implantado pelo Itamaraty da era Lula. Por esse modelo, todos os poderes estão concentrados nas mãos do trio de cordeiros em pele de cordeiro formado pelo chanceler Celso Amorim, pelo assessor especial de política externa, Marco Aurélio Garcia, e pelo secretário executivo do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães. Aos embaixadores, pouca autonomia restou. Ou alguém sabe o que anda fazendo o representante do governo brasileiro em La Paz? Antonino Mena Gonçalves (esse é o nome do embaixador na Bolívia) conseguiu a façanha de tornar-se mudo e invisível em meio à mais barulhenta confusão envolvendo o país que ele representa e aquele no qual trabalha.

Lula sonhou em resgatar a "liderança natural" do Brasil na América do Sul apoiado em seu carisma pessoal e no velho ideário da esquerda que preconiza "a união dos oprimidos contra a hegemonia do opressor". Deu-se mal, claro, e os motivos saltam aos olhos. O primeiro deles é que não se constrói uma liderança com base em retórica. "Quem quer influenciar nas decisões dos demais países tem de ter recursos humanos e materiais para oferecer", diz Marcos Azambuja, ex-embaixador brasileiro em Paris. Traduzindo: o exercício da liderança demanda um bom talão de cheques. O presidente venezuelano Hugo Chávez, um arruaceiro montado em petrodólares, não pára de sacar o seu. No acordo que selou a entrada da Bolívia numa certa Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) – nascida da cachola de Chávez –, firmado no sábado anterior ao anúncio da nacionalização, a Venezuela se compromete a criar um fundo de até 100 milhões de dólares para "financiamento de projetos produtivos e de infra-estrutura" na Bolívia. Não espanta que Morales tenha preferido essa oferta de seu titeriteiro venezuelano à amizade incondicional de Lula – amizade que, talvez para assombro do próprio boliviano, continua incondicional apesar de tudo.

Há um segundo motivo pelo qual o presidente brasileiro não concretizará seu sonho de transformar-se no "guia dos oprimidos", na versão subcontinental. Ele reside no fato de que, a despeito do que desejam o presidente e o triunvirato do Itamaraty, os oprimidos não parecem nem um pouco interessados em abrigar-se sob as asas do Brasil para fazer frente ao "opressor" (no caso, os americanos). No mesmo dia em que Morales surpreendeu o Brasil com o anúncio da nacionalização, o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, anunciou, em visita a Washington, a intenção de deixar de ser membro pleno do Mercosul para tornar-se apenas um associado. O novo status lhe dará liberdade para assinar com os americanos um acordo de livre-comércio. O Paraguai caminha na mesma direção. Antes dele, o Chile, o Peru e o Equador – países que Lula tentou insistentemente atrair para o Mercosul – já haviam feito a opção por acordos comerciais bilaterais com os Estados Unidos. Tais acordos são, agora, a estratégia americana para substituir a Área de Livre-Comércio das Américas (Alca), que resultaria na criação de um grande mercado comum do Alasca à Patagônia e foi torpedeada por Chávez e seus asseclas, com apoio do Brasil. Traído pelo "muy amigo" Morales, esvaziado no papel de grande líder latino-americano e com toda a chance de ficar com a tocha do Mercosul na mão, falando sozinho, só resta a Lula fingir que tudo anda às mil maravilhas, assim como fez no que se refere ao mensalão. Mas que nossos "hermanos" não se enganem: se os atuais ocupantes de cadeiras em Brasília gostam de apanhar, o Brasil não é mulher de malandro.

Os líderes e o liderado.

Publicado en VEJA.

A nacionalização do gás boliviano mostra que Chávez é o líder da América Latina. E Lula? Ele nãoconseguiu entender sequer quaissão os interesses brasileiros no caso.

O Brasil levou um chute no traseiro dado por Hugo Chávez e seu fantoche boliviano, Evo Morales. Antes, foram ambos a Cuba pedir a bênção do patriarca Fidel Castro para o que planejavam fazer. Nenhum desses companheiros se deu à delicadeza de avisar o ocupante do Palácio do Planalto, que se julgava um líder regional com estofo até para ser líder mundial. Pobre Lula. Foi o último a saber que o presidente Morales iria se apossar de propriedades brasileiras na Bolívia e colocar em risco o abastecimento nacional de gás natural. A reação do presidente Lula foi ainda mais constrangedora: engoliu o desaforo e ainda se solidarizou com o agressor, a Bolívia.

Para ampliar o efeito pirotécnico, Evo Morales escolheu o Dia do Trabalho, 100º de sua posse na Presidência, e comandou pessoalmente as tropas que tomaram a refinaria da Petrobras em San Alberto, o maior campo de extração de gás natural da Bolívia. Lá, de capacete de petroleiro na cabeça, o presidente leu os nove pontos do "Decreto Supremo" que passou para o controle do Estado boliviano toda a indústria do gás e do petróleo. O documento não fala em indenizar as empresas estatizadas. As vinte companhias estrangeiras atingidas pelo decreto investiram, ao todo, 3,5 bilhões de dólares na Bolívia – mas o prejuízo maior é da Petrobras, que aplicou 1 bilhão de dólares na extração e refino e outros 2 bilhões de dólares na construção do gasoduto que leva o produto até São Paulo.

A intenção de nacionalizar as riquezas do subsolo era uma promessa de campanha de Morales e foi preparada nos bastidores com a ajuda de um pelotão de técnicos e advogados venezuelanos enviados por Chávez. Apesar de todos esses indícios prévios, o governo brasileiro foi pego de surpresa e se apressou em declarar que a Bolívia tem direito às riquezas de seu subsolo. Isso é inegável. A soberania permanente de um país sobre seus recursos naturais é reconhecida pela ONU desde 1962. O ponto é que Morales expropriou ativos que pertencem ao povo brasileiro e rasgou, como se não valessem nada, tratados negociados de Estado para Estado nos últimos trinta anos. A ocupação de modo hostil, com o uso de tropas e sem conversações prévias, contraria o estabelecido no direito internacional e também as regras mínimas de convivência entre dois países que tradicionalmente são bons vizinhos.

O próximo passo, já avisou o governo boliviano, é aumentar os preços do gás natural fornecido ao Brasil. A ameaça é tremenda e pode se transformar num beco sem saída se o governo brasileiro não negociar com firmeza. Com o aumento do preço do produto, o prejuízo ultrapassaria as perdas diretas da Petrobras e atingiria diretamente a indústria paulista, que nos últimos anos foi incentivada a investir no uso do gás natural como fonte energética. O produto extraído na Bolívia responde por metade do consumo brasileiro e a reconversão das fábricas ou a descoberta de fontes alternativas podem levar anos. Nem assim Lula reagiu. "O governo deveria ter saído imediatamente na defesa dos interesses nacionais", diz Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro em Washington. "Depois de anunciar a determinação de defender os interesses nacionais, deveria questionar a quebra de contrato e avisar que pediria indenização pela expropriação. Também deveria ter deixado claro que não aceitaria modificação unilateral no preço do gás."

Lula não fez nada disso. Na quinta-feira passada, o presidente brasileiro foi discutir a crise numa reunião em Puerto Iguazú, na Argentina, à qual compareceram Evo Morales, o argentino Néstor Kirchner e o ubíquo Chávez. A presença da Argentina se entende, pois o país também compra gás da Bolívia, mas por que a Venezuela? A resposta possível: Chávez foi falar em nome de Morales, seu discípulo, e deixar claro quem dá as cartas na nova geografia do populismo latino-americano. Lula saiu da reunião desenxabido e, como de praxe, confundiu conceitos. No seu entender, manifestar solidariedade à Bolívia, mesmo quando ela se apossa de um patrimônio que é de todos os brasileiros, significa emitir um sinal positivo de solidariedade continental. A reafirmação da unidade sul-americana, explicou, tranqüiliza os investidores estrangeiros. Seria mais sensato esperar o efeito totalmente inverso.

O incidente expõe as fraturas regionais e deixa explícito o vigor do novo ciclo de populismo na América Latina, que tem Hugo Chávez e Evo Morales como expoentes. A influência de Chávez na decisão boliviana de nacionalizar o gás já está provocando instabilidade política e econômica. Começa com a saída da Venezuela do Pacto Andino, o que estremeceu as relações entre Caracas e Bogotá. Devido à intromissão de Chávez nas eleições peruanas, Lima retirou seu embaixador da Venezuela. Agora, Chávez arruinou as relações entre o Brasil e a Bolívia. O que ficará na memória dos investidores internacionais é o alerta para evitar uma região sem lei e sem ordem, onde os contratos são desrespeitados. Isso é fácil de fazer, pois não faltam, do outro lado do planeta, oportunidades de investimentos em países sérios e estáveis. A desimportância crescente da América Latina no panorama mundial torna as coisas ainda piores: ninguém no Primeiro Mundo liga mais para as estripulias cometidas por aqui.

A economia da Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, caberia com folga dentro do orçamento da cidade de São Paulo. Sem capital nem tecnologia, não há jeito de o Estado boliviano realizar os grandes investimentos necessários para tirar e processar o gás natural. Evo Morales sentiu-se à vontade para tomar as refinarias confiando em duas coisas. A primeira é o fato de o Brasil ser freguês cativo do gás boliviano. A segunda é a ajuda de Hugo Chávez. A estatal de petróleo da Venezuela, a PDVSA, prepara-se, nas sombras, para assumir os campos de gás que venham a ser abandonados por empresas estrangeiras. Chávez também já acertou o fornecimento de todo o óleo diesel que a Bolívia necessitar em troca de soja boliviana. Trata-se de uma política consistente do venezuelano para ocupar espaço no continente e influenciar países. Desde que assumiu a Presidência, em 1999, Chávez já gastou 25 bilhões de dólares em subsídios e doações a países latino-americanos.

Com seu sistema de apadrinhamento comercial, ele está tentando criar uma versão latinizada do antigo Comecon, o sistema comercial entre os países do bloco soviético. Dadas a fragilidade das economias comunistas e a infinita superioridade material da União Soviética, os preços internos do Comecon não correspondiam aos custos de produção e eram decididos de acordo com critérios políticos. Alguns países, como Cuba e Mongólia, dependiam inteiramente desse sistema para sobreviver. Com o barril do petróleo a 70 dólares, Chávez tem cacife para substituir a União Soviética como provedor de Cuba. Estima-se que a Venezuela esteja injetando na ilha de Fidel Castro, a fundo perdido, o equivalente a 20% de todo o dinheiro que entra no país. A Venezuela também compra produtos cubanos que não têm mercado no exterior e, em troca, recebe médicos e outros serviços de Fidel Castro. O presidente venezuelano já comprou 1 bilhão de dólares em títulos do governo argentino e 250 milhões de dólares da dívida externa equatoriana. "A estratégia de Chávez é exercer influência sobre quatro pequenos países, Nicarágua, Bolívia, Equador e Peru, para disputar poder com México, Chile e Brasil", disse a VEJA Jorge Quiroga, presidente boliviano entre 2001 e 2002, e hoje líder da oposição a Morales.

Estabeleceu-se uma divisão na América Latina e ela nada tem a ver com o velho confronto entre esquerda e direita. O que existe é uma linha entre governos responsáveis e populistas. México, Chile e Brasil estão no primeiro grupo. Uma característica comum aos populistas – Chávez, Morales e, em menor medida, Néstor Kirchner – é revestir o discurso com retórica de esquerda. Na verdade, os contornos ideológicos do populismo são difusos e vão sendo moldados de acordo com as circunstâncias. A revolução bolivariana e o socialismo do século XXI de Chávez são uma demonstração disso. Nem Chávez sabe do que se trata. O que importa para esse tipo de líder é criar argumentos e mecanismos para se perpetuar no poder. Por isso, costuma-se dizer que uma das características do déspota latino-americano é o voluntarismo, doutrina que atribui à determinação do líder o poder de mudar a realidade a seu bel-prazer. A atitude de Morales na Bolívia obedece ao padrão. "A nacionalização é o grande símbolo do populismo latino-americano", disse a VEJA o historiador peruano Alvaro Vargas Llosa. "Infelizmente, as pessoas rapidamente esquecem que todas as estatizações fracassaram de modo catastrófico." Essa é a terceira vez que a Bolívia estatiza seus recursos fósseis e minerais. Nas duas anteriores, em 1937 e 1969, a intervenção não ajudou o país a amenizar a miséria de seu povo e, por isso, acabou sendo revertida.

O sociólogo alemão Franz Oppenheimer, morto em 1943, dizia que há duas formas de uma nação acumular riqueza: de maneira racional, através da produção, ou de maneira violenta, por meio da expropriação. Apenas a primeira forma pode ser duradoura. O presidente Evo Morales escolheu a segunda ao nacionalizar a exploração e comercialização do gás e do petróleo por decreto. No imaginário popular boliviano – do qual Morales compartilha e se aproveita politicamente –, a riqueza oculta do gás vai sanar a miséria e o atraso do país. Um estudo da ONU publicado no ano passado, com o título "A economia boliviana além do gás", diz que o maior erro da Bolívia é apostar em um padrão de desenvolvimento monoprodutor. "A tendência mundial é de diversificar os mercados, multiplicando os setores produtivos e passando de uma economia de base estreita para uma de base mais ampla", sentencia o estudo, de autoria do economista boliviano George Gray Molina. O mundo é pródigo em exemplos de como a simples existência de uma riqueza natural não basta para garantir bem-estar à população. A Venezuela, com as maiores reservas de petróleo fora do Oriente Médio, tem metade da população vivendo na pobreza. Angola, um dos maiores produtores de diamante de alta qualidade do mundo, tem um terço da renda per capita do Brasil.

Golda Meir, a primeira-ministra de Israel entre 1969 e 1974, contava, em tom de anedota, que Moisés guiou os judeus durante quarenta anos pelo deserto para levá-los justamente ao único pedaço de areia do Oriente Médio onde não havia petróleo. Completava, em tom mais severo, que não se tratou de maldição, mas de uma bênção. "Nossas vitórias não poderiam existir sem uma economia de base sólida, um padrão educacional de alto nível entre soldados e civis e a alta capacitação tecnológica dos trabalhadores em todos os setores", explicava. A estadista israelense tocou naquelas que são as duas principais riquezas de um povo: a educação e o conhecimento tecnológico. "Para ser rico, um país precisa investir em ciência e tecnologia. É dessa forma que se consegue elevar a capacidade das indústrias de produzir melhor e ser mais competitivo no mercado mundial", diz Roberto Romano, professor de ética e política na Universidade Estadual de Campinas. "Foi esse o modelo adotado por Inglaterra, França, Itália, Alemanha, Japão e Estados Unidos – países que têm a riqueza mais bem distribuída entre a população." Por que a América Latina não consegue imitar essa fórmula comprovada para o desenvolvimento? "Vivemos obcecados com a discussão sobre se o livre-mercado é bom ou não, em vez de nos preocuparmos em ser mais competitivos", disse a VEJA o argentino Andrés Oppenheimer, autor do livro Lorotas Chinesas .– O Engano de Washington, a Mentira Populista e a Esperança na América Latina", best-seller na Argentina e no México, publicado no ano passado.

A América Latina continua a ser exportadora de matéria-prima, enquanto no mundo de hoje o que conta é o valor do conhecimento embutido em um produto. Morales, na Bolívia, tem outra explicação para a pobreza: a culpa é do imperialismo. Surpreende bastante, mas ele está falando dos brasileiros. Entre os bolivianos comuns há uma forte aversão ao "imperialismo" do Brasil. É possível que isso seja simplesmente um reflexo do gigantismo brasileiro, que suscita temor entre vizinhos menores. "Quem dorme ao lado do elefante teme ser pisoteado", diz um diplomata brasileiro. De forma um tanto obtusa, a Petrobras acabou se convertendo, na cabeça dos bolivianos, no protótipo da empresa exploradora dos recursos que deveriam salvá-los da miséria. O ministro de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada, apelidado pelos bolivianos de Boca de Poço, chama atenção pelos dentes desproporcionalmente grandes e pelo modo furioso como se refere à Petrobras. Jornalista antes de ser ministro, sempre escreveu sobre os recursos naturais bolivianos e pregou a urgência em expulsar a empresa brasileira. Seria mais sensato e honesto se agradecesse a contribuição da Petrobras ao desenvolvimento boliviano. A empresa extrai 57% do gás produzido pela Bolívia, contribui com 24% da arrecadação de impostos e tem sua bandeira em um em cada quatro postos de gasolina no país.

A opção brasileira pelo gás natural foi estratégica. O plano era reduzir a dependência que o Brasil possui em relação ao petróleo e à energia produzida pelas usinas hidrelétricas. O gasoduto Bolívia–Brasil entrou em operação em 1999. Tem capacidade para transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia, mas, até recentemente, operava com grande ociosidade. Contratualmente, o Brasil era obrigado a pagar aos bolivianos por um gás que não estava utilizando. Houve várias negociações, com diferentes governantes do país vizinho, para que o preço fosse reduzido, mas a Bolívia, escorando-se nos contratos firmados bilateralmente, permaneceu irredutível. Agora que finalmente o Brasil precisa do gasoduto em plena força, a Bolívia joga os contratos na lata do lixo – aqueles mesmos que defendia com tanta veemência e resolução.

O gás natural como opção energética ganhou força com o racionamento de energia, em 2001, que lançou incertezas sobre a disponibilidade de eletricidade. Com o gás, as empresas podem produzir a própria eletricidade, utilizando para isso geradores especiais. Outro fator que impulsionou a vendagem do gás natural foi a escalada no preço do petróleo. O gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de botijão, é um derivado do petróleo e chega a custar 80% mais do que o natural. Houve também um forte avanço na utilização automotiva. A frota nacional de carros convertidos para rodar com o gás natural veicular (GNV), um combustível bem mais em conta do que a gasolina, já passa de 1 milhão. Em 2000, o Brasil consumiu 16 milhões de metros cúbicos por dia. No ano passado, o total atingiu 40 milhões de metros cúbicos, sendo quase a metade originária da Bolívia. Hoje, o gás natural responde por 8% da matriz energética brasileira. Qualquer alteração nas relações atuais será imediatamente repassada ao consumidor. As indústrias seriam incapazes de absorver um aumento nos preços desse combustível. Se o pior ocorrer, mais uma vez quem pagará a conta será a população brasileira.

Gobierno posesiona a síndicos y directores de petroleras capitalizadas.

Publicado en Red Erbol.

La Paz, 08 May (Erbol).- El presidente de la estatal petrolera, Jorge Alvarado, posesionó este lunes a 20 ciudadanos como directores y síndicos de las empresas capitalizadas Transredes, Chaco y Andina, además de las dos empresas de refinación Petrobras y CLHB lo que le permite al gobierno tomar el control de dichas empresas en el marco de la nacionalización de los Hidrocarburos.

El ministro del área, Andrés Solís Rada, explicó que tras ese accionar la representación del Estado en cada una de las cinco empresas es mayoritaria pues cuenta con cuatro miembros frente a tres de las petroleras. "El Estado se hace cargo del 50 por ciento más uno de las acciones de estas empresas y también en cuyo directorio nosotros ingresamos con mayoría de cuatro representantes", dijo Solíz Rada.

La autoridad enfatizó que ahora el gobierno boliviano será quien tome las decisiones finales, aunque por otro lado anunció que se ingresó en un proceso de negociación con las empresas para devolverles el costo de las acciones que tomó el Estado para tener la mayoría, en algunos casos destacó aceptaron que el pago se realice con la misma producción de hidrocarburos.

Por su lado las nuevas autoridades en las petroleras señalaron que existe un compromiso patriótico que cumplir con los objetivos trazados, pues no hay marcha atrás en la nacionalización de los hidrocarburos.

Vale tudo al hablar de Evo y el gas.

Publicado en Página12.

Por Darío Pignotti
Desde San Pablo.

“Indio nao quer Petrobras.” De tan elocuente, la frase en portugués no necesita traducción al español. Lo llamativo (o prosaico) es que fue así como se tituló un artículo publicado por Veja, la revista de mayor circulación en Brasil, y el “indio” de marras era Evo Morales. Es evidente el sesgo racista del texto aparecido en diciembre luego de que los bolivianos eligieran como presidente a un indígena. Ya por entonces el semanario avizoraba la amenaza que el ex “pastor de llamas” representaba para las inversiones brasileñas a estar por su “discurso populista y nacionalista”. La profecía se hizo realidad la semana pasada cuando la ideología “radical” de Morales lo llevó a nacionalizar los hidrocarburos. Conforme la crisis del gas fue cobrando más intensidad una suerte de desprecio racial y excitación nacionalista fue tomando cuenta de importantes medios de comunicación locales.

En una de las radios más oídas de San Pablo, la Joven Panamericana, el periodista José Neumanne Pinto resumió la crisis en pocas palabras: “esto es guerra” dado que Bolivia “invadió” militarmente instalaciones de la petrolera Petrobras. Seguidamente recomendó al presidente Lula da Silva cortar relaciones con su “compañerito indígena”. En radio Bandeirantes la inflamación patriótica no fue menor. El conductor José Paulo de Andrade consideró que lo de Morales fue una “afrenta” a la “nación” y recomendó una respuesta no sólo diplomática. “Ellos nos invaden” mientras “nosotros” continuamos impasibles, gritó.

El verbo “invasión” es uno de los que más se lee y escucha en los últimos días. “Morales invade Petrobras y nacionaliza el gas” tituló a seis columnas el diario Folha de San Pablo en su sección Dinero, el martes pasado. Dejando las formas diplomáticas de lado el canciller Celso Amorim le preguntó al enésimo reportero que le pidió mano dura: “¿qué es lo que usted quiere, que invada Bolivia y los obligue a pagar el precio que yo deseo? Ese no es nuestro método”.

La cólera mediática, salvo excepciones como la del columnista de Folha Clovis Rossi (“Evo tiene derecho hasta a errar”), fue en línea con el estado de espíritu de la mayor corporación patronal, la Federación de Industriales de San Pablo, Fiesp, que, por lo demás, congrega al grueso de los consumidores de gas boliviano. San Pablo es destinatario del 75 por ciento de los casi 30 millones de m3 de fluido importados cada día. Paulo Skaf, presidente de la Fiesp, calificó a la nacionalización como un “show de pirotecnia y una demostración de populismo”.

El gobierno brasileño montó un dispositivo de doble mano ante el “supremo decreto” de Morales, del que no fue noticiado con antelación. Mientras el presidente Lula da Silva asumió el carril negociador a la estatal Petrobras le cupo ir al choque, amenazando llevar el caso a una corte arbitral de Nueva York. El doble juego diplomático demuestra que el Estado brasileño no está dispuesto a regalar nada a Bolivia. Más: luego de que Lula y Morales dialogaron personalmente y acordaron pactar los precios, Petrobras reforzó la línea confrontativa y emplazó a Bolivia para que resuelva el valor del gas en 45 días.

Pero las elites informativas y empresariales no consienten ningún tipo de diálogo con La Paz. Para ellos es inconcebible que la administración Lula haya reconocido a Bolivia el derecho “soberano” de retomar la propiedad de sus recursos energéticos, algo que Brasil hizo en los años ’30.

Para la Fiesp, al gobierno le falta “firmeza” en la “defensa del interés nacional” y le sobra tolerancia hacia Morales. En el diario Estado de San Pablo opinan igual. “El vejamen de Puerto Iguazú” es el título del editorial principal del sábado que evalúa la cumbre del jueves pasado entre los presidentes Lula, Kirchner, Chávez y Morales. “A Lula sólo le faltó pedir disculpas a Morales (por lo que éste hizo)” observa el diario y remata el “Jefe de Estado escogió el camino de la rendición”.

Aunque no hay un relevamiento sistematizado, es fácil advertir que en la prensa brasileña predomina la idea de que Morales se volvió un personaje antipático, un “cuervo” según un artículo de Folha de San Pablo, que tiende a alcanzar una reprobación similar a la de Hugo Chávez. La foto de Morales montada sobre una garrafa ilustra la tapa de la revista IstoE de esta semana en la que se lee “El hombre que puede parar Brasil. (Morales) Humilló la diplomacia de Lula y trajo de vuelta el fantasma del desabastecimiento de gas”. La revista Veja toca en la misma tecla al decir que la nacionalización fue un “robo”, pero culpa tanto al presidente boliviano como a su colega Chávez, acusándolo de ser quien “tramó” el golpe. En rigor el venezolano, más que Morales, es el bicho de siete cabezas de los formadores de opinión. En ese sentido es reveladora la retórica del principal columnista de la TV Globo, cabeza del principal multimedio brasileño. Arnaldo Jabor confiesa que nada lo eriza tanto como la “demagogia” y el populismo”, atributos que en su opinión encarna Hugo Chávez, al que suele comparar con “un portero de prostíbulo gay”.

Bolivia está preparada para enfrentar arbitrajes petroleros.

Publicado en El Mundo.

Ante amenazas de juicios internacionales, el Gobierno de Evo Morales anunció que está preparado para cualquier arbitraje y justificar que la nacionalización de los hidrocarburos es legal.

El vicepresidente, Álvaro García Linera, aseguró que las empresas petroleras darían una muy mala señal, si optaran por un arbitraje internacional en contra de la nacionalización de los hidrocarburos.

Dijo que todas las empresas petroleras que operan en el país deben someterse a las nuevas reglas legales que emitió el Gobierno, aunque aclaró que hay 180 días para negociar algunos términos.

"Entendemos que las petroleras van a entender esta línea, y consideramos que tienen que adecuarse y subordinarse a esta posición soberana de los bolivianos. Esperamos que no hayan esos arbitrajes internacionales porque nuestro decreto tiene fundamento jurídico, legal, racional, económico e histórico", afirmó García Linera.
Según el segundo hombre del país, es amplia diferencia entre una ganancia lícita, de entre las "extraordinarias y abusivas" que tenían las petroleras asentadas en el país, desde hace 10 años.

Por su parte la estatal brasileña Petrobras, dio un plazo de 45 días al gobierno de Bolivia para que defina el precio del gas natural que vende a Brasil, tras el cual la petrolera brasileña recurrirá a un arbitraje internacional en Nueva York.
Según un comunicado divulgado por Petrobras, informó la agencia de prensa gráfica, en que se posiciona con relación a un aumento de precios anunciado por Bolivia, el contrato entre la estatal brasileña y la boliviana YPFB, "establece los mecanismos que deben regir la negociación, y nosotros vamos a seguir los procedimientos previstos", sostuvieron en la compañía petrolera.

Esos procedimientos establecen "primero, una negociación directa entre las partes por un período de 45 días. Si no hubiera acuerdo, el próximo paso es el arbitraje internacional en Nueva York", explica el comunicado.

EL DATO

ENERGÍA. Petrobras afirmó que no acepta aumento de precio del gas que Brasil importa de Bolivia, motivo que tensiona la relación bilateral entre Bolivia y Brasil. El vicepresidente aseguró que las empresas petroleras darían una muy mala señal, si optaran por un arbitraje internacional en contra de la nacionalización de los hidrocarburos que el Gobierno lleva adelante desde el primero de mayo.

Nacionalización: Presidente denuncia conspiración.

Publicado en Los Tiempos.

La Paz ANF.- El presidente Evo Morales denunció ayer el inicio de un proceso de conspiración contra su Gobierno por parte de quienes defendieron la entrega de los recursos hidrocarburíferos a las empresas petroleras y buscan evitar que los ingresos económicos de estas compañías sean afectados.

Pidió a los movimientos sociales y a toda la población a estar preparados para defender la nacionalización de los hidrocarburos determinada con la vigencia del Decreto Supremo 28701.

El objetivo la conspiración es que las empresas petroleras "no pierdan lo que ganaban antes", según datos de agencia estatal de noticias ABI.

La advertencia del Jefe de Estado fue hecha pública en su discurso pronunciado durante el acto de inauguración de la segunda Expoferia Integral del Ganado Lechero, Camélido y Artesanías de la Provincia Los Andes en Pucarani, La Paz.

Morales, tras participar de una improvisaba fiesta por la nacionalización de los hidrocarburos, explicó en esa región que tiene informes externos sobre los intentos de desestabilizar su gestión.

"Es gente que ha hecho tanto daño económico al país, que subastó los recursos naturales" y que son "agentes que todavía hablan en los medios de comunicación", señaló para sustentar su pedido de apoyo.

El decreto de nacionalización obliga a las empresas petroleras, entre otros aspectos, a entregar toda su producción de gas natural y petróleo a la estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).

Las petroleras deberán suscribir nuevos contratos y tendrán sólo una participación del 18 por ciento y el saldo, el 82 por ciento, deberá ser destinado al Estado boliviano.

Esta normativa afecta directamente a los pozos San Alberto y Sábalo, ubicados en El Chaco boliviano, con los mayores niveles de producción de gas al día.

INFORMACIÓN

El Presidente dijo también que el decreto de la nacionalización de los hidrocarburos fue manejado con mucho cuidado y entre un reducido número de personas (seis) porque inicialmente se filtró información y algunas empresas, indicó, "ya sabían lo que estábamos pensando encaminar en materia de la política energética del país".

Morales agradeció en el acto en Pucarani el respaldo de los bolivianos y pidió fortalecer el apoyo para hacer frente a posibles contratiempos.

Las funciones de los síndicos y directores en las petroleras.

Publicado en Hoy Bolivia.

El ministro de Hidrocarburos, Andrés Soliz, explicó que las compañías capitalizadas Chaco, Andina y Transredes funcionaban, desde el punto de vista procedimental, mediante directorios que fijaban las políticas de esas empresas.

Dijo que a partir de ahora en esas empresas, YPFB tiene la mayoría en las acciones y la conducción de esa política pasa a manos de la empresa estatal petrolera. El nuevo directorio estará conformado por cuatro representantes de YPFB y tres de las compañías petroleras.

Sin embargo, Soliz admitió que existe una confusión legal. Por ejemplo, de acuerdo al Código de Comercio, cada directorio tenía dos síndicos por mayoría y un síndico por minoría, pero añadió que de acuerdo a los estatutos de algunas empresas sólo aparece un síndico por mayoría y otro por minoría, pero estos vacíos se los irá resolviendo de manera progresiva.

También dijo que las otras dos empresas que fueron nacionalizadas, como Petrobras refinación y Compañía Logística de Hidrocarburos de Bolivia, donde el Estado se hace cargo del 50 por ciento más 1 de las acciones, en sus directorios el Estado también ingresa con mayoría de representantes.

Igualmente dijo que el control mayoritario del paquete accionario será fruto de un proceso de negociación con las petroleras.

“Estamos en un proceso de conversación con las empresas, algunas que tienen sus acciones en la Bolsa de Valores y se puede tener un valor aproximado de lo que valen esas acciones. En algunos casos están aceptando, no puedo entrar al detalle de cuáles que se les puede pagar con la producción de gas y petróleo por un tiempo hasta que se cubra el valor de esas acciones”, detalló Solíz Rada.

El titular de Hidrocarburos anotó que en el tema de las acciones que tienen las Administradoras de Fondos de Pensiones (AFP) se hizo un análisis jurídico y se constató que esas entidades no tienen ningún contrato para ser fiduciarias o depositarias de las acciones en las petroleras a nombre de los bolivianos.

Afirmó que esas acciones nunca salieron del dominio del Estado, porque las AFP no pueden reconocer algún pago por algo que nunca tuvieron, de manera que las actividades de las administradoras de los fondos de pensiones se realizaron en un marco de un vacío jurídico.

Nacionalización: YPFB asume control de las petroleras.

Publicado en Hoy Bolivia.

El gobierno designó este lunes a 25 síndicos y directores y con la medida Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) asumió el control mayoritario de los directorios de cinco empresas petroleras que operaban en el país bajo la modalidad de contratos de riesgo compartido.

El acto contó con la presencia del ministro de Hidrocarburos, Andrés Solíz y el presidente ejecutivo de YPFB, Jorge Alvarado, quien fue el encargado de entregar las designaciones a los representantes del Estado ante las empresas petroleras.

El directorio de estas está conformado por siete miembros, de los cuales, luego de la nacionalización de los hidrocarburos, cuatro corresponden a YPFB.

La nómina de los representantes es la siguientes: Para la empresa Chaco fue designado síndico René Rocabado, y como directores Carlos Torrico, Dante Gumier (en representación de las FFAA); Hernán Gabriel Camacho y Édgar Claure.

Mientras que para Andina fue designado síndico Santiago Berríos y como directores Óscar Antonio De La Fuente, Luis Fernando Cardán, Romer Gutiérrez y Reynaldo Marín Carlos (FFAA), para Transredes fue designado Felipe Hurtado y como directores José Luís Roca, Noel Ávila, Javier Hernández y Marco Antonio Maceres (FFAA)

En tanto que para Petrobras-Refinación fue designado como síndico Felipe Hurtado (FFAA) y como directores Víctor Hugo Cuellar, Waldo Oblitas, Santiago Sologuren y Sergio Jesús Miranda.

Respecto de la Compañía Logística de Hidrocarburos de Bolivia fue designado como síndico Federico Yánez y como directores Hugo Alberto Mobarec, Jaime Quiroga, César Quilla Montecinos y Edwige Rivera.

Las funciones de los síndicos y directores: ver en la siguiente dirección:
http://www.hoybolivia.com/news.php?seccion=59&d3=33250

Bolivia Nationalization Further Sidelines US

Publicado en NYTimes.

By REUTERS
Published: May 8, 2006

WASHINGTON (Reuters) - By nationalizing Bolivia's energy industry, President Evo Morales lived up to a pledge to be Washington's nightmare and highlighted waning U.S. influence in Latin America.

Last week's action from the leftist, whose allies are U.S. adversaries Venezuelan President Hugo Chavez and Cuban leader Fidel Castro, was another step in the region's retreat from U.S.-prescribed free-market economics.

And the United States can do little to stem a tide of Latin American voters turning to leftists like Morales who rail at free trade and foreign investment for failing to improve the lives of the region's impoverished majority.

``It is a genie that is not going to be put back in the bottle,'' said Peter Hakim, head of the Inter-American Dialogue, a Washington-based think tank.

It was Brazil, Argentina and Venezuela that held an emergency summit with Morales to manage the aftershocks from his decision to send troops to gas fields, alarming investors, rattling markets and angering foreign governments.

The U.S. public response to the nationalization was merely for spokesmen to cautiously express concern over the potential economic impact.

That belied the importance for Washington of Morales' decree to take over the oil and gas industries, giving government energy company YPFB control over production and the state a 51-percent stake in several foreign companies.

``The socialism championed by him and Chavez is an increasing threat to the United States and its economic model that has dominated for decades. That's what's at stake here,'' said Larry Birns of the Council on Hemispheric Affairs think tank.

``But with the U.S. under-reaction, you'd think the United States is condemned to be an observer,'' he said.

``GO ITS OWN WAY''

Unable to forge region-wide support for its policies, the superpower and region's traditional patron will have to depend more and more on bilateral cooperation, such as the free-trade deals it has been hammering out in recent years, analysts say.

``U.S. influence in the region now has to be on a country-by-country, issue-by-issue basis,'' Hakim said.

That is a stark contrast from the United States that launched the Summit of the Americas in 1994 to spread its free-trade agenda, hoping for an accord for the whole hemisphere.

Latin America will keep trading with its closest economic partner but it will seek increasing independence from the United States by deepening its relations with Europe, China and countries across the developing world, according to Birns.

``Latin America will go its own way,'' he said.

After the September 11 attacks, President George W. Bush turned his focus to fighting terrorism in the Islamic world -- and away from Latin America, which he had vowed to make a priority of his presidency.

That neglect meant last year -- for the first time -- the U.S.-backed candidate failed to win selection as head of the Organization of American States, the hemisphere's top diplomatic body.

Some Bush supporters want a renewed focus on the region to counter the anti-American sentiment fueled by leftists like Morales, who vowed to be a U.S. nightmare in his election campaign last year.

``Sad to say, it may already be too late for the Bush administration to garner favorable public support from South and Central Americans,'' Andy Messing of the National Defense Council Foundation wrote in the Washington Times newspaper.

``But laying the groundwork now could be a necessary and worthy effort to be carried over to future administrations,'' he added.

Now the Hard Part: Bolivia Faces Pitfalls of Gas Takeover

Publicado en NYTimes.



By JUAN FORERO
Published: May 8, 2006

LA PAZ, Bolivia, May 7 — For 24 years, Nelson Cabrera has been there for Bolivia's state-owned energy company — when it was an unwieldy giant of 5,000 workers, when it was sold piece by piece in a divisive privatization, when it got a new boost from the election of Evo Morales, the presidential candidate who promised to restore its old glory. Now, after Mr. Morales nationalized Bolivia's oil and gas reserves last week to the alarm of foreign energy executives, Mr. Cabrera will have a central role in turning what is in essence a bookkeeping company into an energy corporation.

As chief of operations, a promotion he received just three months ago from his job as an engineer, Mr. Cabrera will help guide the company, Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos, known as Y.P.F.B., on the mission it once held: exploring, producing and selling Bolivia's greatest resource, natural gas.

"We are going back to exactly what we were before," he said. "We want to think big, we are ambitious, and we are convinced Bolivians have the capacity to take this on."

The challenge, though, will be formidable, perhaps even impossible, for a company that until last year had an operating budget of just $89 million and a staff of 200. Most of the employees are auditors and accountants who studied contracts and other documents filed by the multinationals that took over most Y.P.F.B. functions when the privatization wave hit Bolivia in the mid-1990's.

Many people who opposed the nationalization, including former employees, energy analysts and politicians, are saying that Mr. Morales's audacious move could expose Bolivia to serious economic risk if foreign investment dries up and the company cannot take up the slack.

"It's a bad idea, an idea that's not going to work," said Carlos d'Arlach, a geologist at the company from 1969 to 1979 and who ran it for six months last year. "Over the years, we have seen that to maintain this kind of industry and get ahead you need capital and technology, and we have neither of those."

What many Bolivians do have is a mix of euphoric nationalism and a driving resentment that the prosperity promised through privatization never trickled down to the country's nine million people. Mr. Morales rode that wave of public sentiment, which forced out two presidents in 20 months, to the president's office, largely with promises to nationalize the gas sector.

"Now is the moment to recuperate our sovereignty and dignity," said Jorge Alvarado, the company's president. "We want to show that Bolivians can run our hydrocarbons industry."

But the decree, announced as soldiers secured the installations of energy companies, incensed energy officials and governments in Brazil, Spain and France, countries whose largest energy companies have plowed more than $4 billion into Bolivia's energy sector. Petrobras, the state-owned energy giant in Brazil and the biggest investor in Bolivia's gas industry, announced that investments here had been suspended, and Repsol YPF S.A. of Spain has hinted that it might try to resolve the issue through international arbitration.

Still, Brazil's president, Luiz Inácio Lula da Silva, has said that he wants to help Bolivia alleviate its poverty and that "being gentle is better than being tough." A Spanish delegation met with Bolivian officials on Friday and announced a willingness to continue negotiating. Those developments have made Bolivian energy officials optimistic that foreign companies are still willing to invest to help Y.P.F.B. become an equal partner in future projects.

"With these companies, we can create joint projects and work together," Mr. Alvarado said. "We put up the primary resource, the gas, which we own, and the investors put up the capital."

The company Mr. Alvarado runs was founded in 1936. Even then, Y.P.F.B. never had it easy: it took 17 years to perforate its first well. It also became a revenue-generating engine for the government, with most of its returns heading into the central government's budget. That ensured that the company never got the development capital it needed. At the same time, corruption plagued it.

In the 1990's, the company was privatized in stages. Foreign companies bought two divisions that produce gas — Chaco and Andina — and one that transports gas, Transredes. The three companies continue to operate under foreign control.

"Y.P.F.B. basically disappeared under capitalization," said Eduardo Gamarra, a Bolivian who leads the Latin America program at Florida International University in Miami. "They have re-refounded it now. But it's a state-owned company that's cash-starved. It needs some access to money quickly."

Perhaps the most encouraging signs come from President Hugo Chávez's leftist government in Venezuela, which has vowed to help Mr. Morales. Rafael Ramírez, Venezuela's energy minister, said Venezuela's state-owned oil company, Petróleos de Venezuela, would invest in Y.P.F.B.'s restructuring, starting with a $40 million plant. Venezuelan technicians are also helping audit foreign companies.

"We have an energy cooperation accord," Mr. Cabrera said. "They've come to do business here, to have a partnership with Y.P.F.B."

The steps being taken, while certainly rife with pitfalls, are exhilarating for Mr. Cabrera and for company officials who felt that the privatizations of the 1990's amounted to "armed robbery," as the energy minister, Andrés Soliz, once put it.

"They fooled us, they swindled us, they took our self-esteem," Mr. Cabrera said.

Mr. d'Arlach and other energy analysts, though, said that, in aiming to become an explorer and producer, the company is not taking into account that Bolivia has discovered plenty of gas and must now line up buyers. Unlike oil, natural gas is much harder to market and is less valuable. And many producers have reserves that dwarf Bolivia's.

"To get involved in exploration would take a long time because it is expensive and risky," he said. "The issue now is not to find more gas because we cannot sell the reserves that we have."

Carlos Arze, an economist and energy specialist, said that the decree underscores the inherent weakness of Y.P.F.B. It calls for the state to have a majority stake in the two gas production companies it once owned, Chaco and Andina, yet they do not produce nearly as much as Petrobras or Repsol. "It will not be dominant in the sector," he said.

Mr. Cabrera is the first to acknowledge that "once you get into the oil business, you need a lot of money." But he said financing could come from loans, sales of gas through company-controlled service stations, and innovative contracts in which Bolivia pays foreign companies for their help with natural gas production.

Venezuela Sets Oil Extraction Tax

CARACAS, Venezuela, May 7 (AP) — President Hugo Chávez said Sunday that Venezuela would impose a new oil extraction tax in a plan to increase revenue from its petroleum industry. "The companies that are pumping oil in Venezuela are making a lot of money," he said in announcing the tax on his weekly television and radio program.

Para esa vieja ola de nombre Manuel Orbegozo, acá un tsunami de razones que se oponen a lo que escribe en su blog.

Publicado en La Bitácora del Acertijo Cretino

Evo y Los Hidrocarburos. Así titula Manuel J. Orbegozo H. (MJOH) el último artículo de su blog "Un Mundo Un Día". Yo lo leo siempre, cuando quiero saber qué cosas buenas uno le puede inventar a Ollanta Humala. Sin embargo, mal haría en molestarme por el legítimo ejercicio del derecho a la libertad de expresión de dicho señor periodista. Además aquí se ha sostenido que un blog es básicamente un medio de expresión con plena libertad de contenido. Yo me aúno a esa afirmación. Así que desde esa perspectiva no tengo ningún reproche a lo que él pueda decir o a quiénes él crea conveniente apoyar en su blog. Pero me resulta difícil aceptar la idea de que la nacionalización de los hidrocarburos realizada en Bolivia por Evo Morales sea una medida que deba ser aplaudida o por lo menos no criticada, como lo hace MJOH. Me resulta imposible digerir lo que él ha escrito y, peor aún, que para apoyar la medida lo haga con ideas inconexas entretejidas en una encendente retórica, pero vacía de fundamentos.

Aquí algunas ideas que él debería tener en cuenta cuando quiera dar su valoración, positiva o negativa, a una medida como la Nacionalización de los Hidrocarburos.

Como ya expliqué en mi post anterior, la nacionalización realizada en Bolivia ha consistido en la adquisición y toma de control de las empresas privadas del sector hidrocarburos. Esto dicho de una manera más clara es que a partir de la vigencia del Decretazo, ya no serán los privados quienes exclusivamente realizarán actividad empresarial en el sector hidrocarburos, sino también y preponderantemente lo hará el Estado Boliviano. Alguien que no esté de acuerdo con la Nacionalización Boliviana es alguien que cree que el Estado no debe realizar actividad empresarial. Por tanto, alguien que sí cree en ella, es (o debería ser) un convencido de que el Estado sí debe hacer actividad empresarial. Yo le sugeriría a MJOH, como responsable comunicador y docente que es (o debería ser), que aparte de hacer una retórica defensa de folletín de los marginados del mundo, también nos dijera (y explicara) por qué él cree que un Estado debe realizar actividad empresarial en su respectiva economía. Yo por mi parte le doy sólo algunas de las razones por las que me opongo a la actividad empresarial del Estado en la economía.

Los Estados son buenos recaudadores, pero no son óptimos productores de bienes o servicios. Las empresas de propiedad del Estado no se caracterizan por ser eficientes, esto es, producir en ambientes competitivos a los más bajos costos para poder brindar a los consumidores bienes de calidad y a bajos precios. Por el contrario, las empresas del Estado suelen tener dentro de sus balances un asiento contable denominado subsidios, que proviene por lo general de los bolsillos de todos los consumidores o contribuyentes. Además, a diferencia de una empresa privada, las planillas de la empresas estatales siempre están conformadas por personas con mentalidad de burócrata. Una empresa privada es precisamente eficiente (entre varias razones) porque su personal es seleccionado en función de sus aptitudes y conocimientos para cumplir determinadas metas. Un personal burócrata espera sentado que alguien se anime a darle indicaciones para realizar algún trabajo que le da igual hacer o no hacer, un trabajador con mentalidad de empleado público por lo general sólo espera que llegue fin de mes para irse a cobrar, en nuestro caso, al Banco de la Nación. Son por estas razones que la actividad empresarial la realizan los privados y no el Estado. Los privados producen bienes y servicios. En función de su grado de eficiencia generaran mayor riqueza, y sobre ella estarán obligados a pagar un Impuesto a la Renta además de cánones o regalías, según el sector en el que se participen. (La "bondad" o conveniencia del porcentaje del impuesto o del cánon o la regalía dependerá de que tan capaces son los encargados de diseñar un óptimo sistema tributario y/o representar a un Estado cuando se negocia, por ejemplo, un contrato de concesión, anticipándose a situaciones probables o previsibles). El Estado no hace actividad empresarial porque la idea es que alguien con mejor y mayor capacidad (financiera, tecnológica, etc.) lo haga, generando beneficios para los consumidores. El beneficio de este esquema para el Estado se encuentra en los fondos que la recaudación provee. Es con esa recaudación que se financian los proyectos sociales y se cubre la planilla de la burocracia.

Imagino que usted me va decir, como lo escribe en su blog, que dentro de este esquema "casi nunca y casi todas dichas empresas, pagaron el verdadero justiprecio en las transacciones...tales empresas fueron las que resultaron enriquecidas y no nosotros que éramos los que proveíamos de lo que llamaríamos la materia prima". Bien, lo primero que creo usted debería hacer como responsable comunicador y docente, es definirle a sus lectores qué cosa es un justiprecio. ¿Un precio justo, quizá? Yo le preguntaría si esa fuera su definición, ¿en qué consiste la justicia de un precio? Le pongo un ejemplo para ser didáctico. Supongamos que usted y yo celebramos un contrato sobre un auto. Usted es el propietario y me pide 100 por él. Yo le pago los 100. Sería justo para usted, ¿verdad? Yo digo, aparentemente. Sigo con el ejemplo para que los lectores entiendan. Pero ¿qué sucedería si yo sólo le ofreciera hasta un máximo de 95 y usted porque soy uno de los pocos compradores dispuestos decide aceptar el trato? ¿Estoy siendo injusto en una medida equivalente a 5? ¿Y qué pasa si porque usted me cayó bien durante la negociación yo le digo que aunque me pidió 100 yo le voy a pagar 105? ¿Estoy siendo excesivamente justo con usted en una cantidad equivalente a 5? Es decir, ¿la justicia de un precio es algo cuantificable? En este ejemplo usted que ya no quiere su auto, porque lo quiere vender, pero sí necesita el dinero, ¿se quedaría con el auto pese a que aunque no consigue los 100 hay alguien que le ofrece 95? Un precio es un equilibrio entre lo que uno está dispuesto a pagar y lo que otro está dispuesto a aceptar. Si usted acepta hay trato y hay trato porque usted considera que es su mejor opción. O usted ¿sería tan poco racional que aceptaría no tener opción o quedarse con la peor? No se pueden mezclar dos planos distintos como lo son la subjetiva e inasible definición de justicia y la cuantificación de un bien realizada entre dos partes. Cuando se entretejen ambos conceptos, el adjetivo (justo) no le añade nada conceptualmente hablando al sustativo (precio). Al contrario, termina vaciando de contenido al sustantivo y vuelve la frase justo-precio, una expresión sobre la que se puede decir cualquier cosa. ¿Ve cuál es el problema de esa retórica de folletín propagandístico que emplea términos vacíos de significado?. Lanzandos al aire generan su efecto conmomedor, pero una vez pasado por el filtro de la razón, no son tan diferentes al aire adonde fueron arrojados.

Ojo señor, que este esquema de la no participación del Estado en la actividad empresarial en el Perú no tiene "los 500 años que vivimos sojuzgados", como lo diría usted. Hace aproximadamente unos 35 años atrás, con los antepasados militares de Ollanta Humala en el gobierno, éste no era el modelo en boga, sino el modelo contrario. Es precisamente el rotundo fracaso de ese pasado lo que hace poco más de una década nos convenció de optar por las reglas del mercado. Las imperfecciones que hoy en nuestro país algunos legítimamente pueden encontrarle a la economía de mercado son en muchos casos originadas en esos fracasos. Hoy todavía la mentalidad patriotera y proteccionista impide que ciertos sectores se liberalicen por completo y muestren sus beneficios. Por cierto, respecto a su frase de los 500 años, si se refiere a la llegada de Cristobal Colón a las Américas, me parece que hasta la fecha exactamente han transcurrido 513 años. Creo que ese es otro indicativo de que usted Don Manuel no está contando los años y se está quedando en el pasado.

Por el bien de sus lectores y de sus alumnos, ya no repita frases como "Hasta ahora no tenemos gobernantes que piensen más en los bolsillos ajenos que en sus propios bolsillos". Los gobernantes que han hecho eso, si fueron militares golpistas, son los que el mismo pueblo aunque no eligió lamentablemente apoyó y vea usted, por los resultados se comprueba que el pueblo se equivocó. Si esos gobernantes son los que el pueblo eligió, usted con los años que el tiempo le ha dado, habrá visto que el pueblo también se equivocó. Por tanto, ya no diga "que la solución no está en nadie ajeno a nosotros sino en nosotros mismos. Ahora, tenemos una brillante oportunidad: Pensemos quién debe ser el nuevo presidente de la República, quién tiene más posibilidades de liberarnos y ponernos en la línea de partida hacia el desarrollo total." Ya no diga eso, no porque no tenga derecho a decirlo, sino porque creo que la edad debe darle a uno mayor coherencia. Porque si siempre el pueblo ha estado equivocado al elegir a sus gobernantes, no hay razones lógicas para pensar que de un momento a otro, como por arte de magia, el pueblo haya aprendido a elegir bien y no lo haga esta vez mal como en el pasado. Y como ya sabemos que usted direcciona su apoyo a Ollanta Humala, lo que está diciendo en el fondo, interpretando sus incoherencias y contradicciones, es que el pueblo tiene la gran oportunidad de elegir nuevamente de forma equivocada.

Para sus alumnos que lo idolatren y que lo llamen Don Manuel, saludos cordiales. Y si Usted me contesta, acúseme de lo que quiera, pero también deme razones, fundamentos y una argumentación articulada. No me incendie con una retórica vacía e inconvincente.

Entendiendo la Nacionalización Boliviana. ¿De qué se trata?

Publicado en La Bitácora del Acertijo Cretino

Ya se ha hecho público el Decreto N° 28701 que nacionaliza los hidrocarburos en Bolivia. Lo pueden leer via El PAIS y vía Los Tiempos . Ahora, con texto en mano, a entender mejor en qué consiste esa nacionalización.

En primer lugar el Decreto no define lo que es nacionalización. Sólo dice que se nacionalizan los recursos naturales hidrocarburíferos del país. Pero es facil entender el concepto a partir del modelo implementado.

Según el Decretazo a partir del 01 de mayo todo la producción de gas y petróleo en Bolivia realizada por las empresas petroleras será entregado a la empresa estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos). Esta empresa será la que fije las condiciones, volúmenes y precios de comercialización tanto para el mercado interno, como para la exportación y la industrialización. Esto de la manera más simple significa que las petroleras realizan el trabajo y es el Estado quien les paga por realizar el trabajo.

¿Y cuánto será la remuneración de la empresa? El Decreto habla de un periodo de transición durante el cual habrá dos reglas de pago para el caso de la producción de gas natural. Para las empresas que durante el 2005 hayan producido más de 100 millones de pies cúbicos diarios, su retribución será el 18%. Es decir, El Estado (YPFB) comercializa todo lo producido y del ingreso obtenido por lo vendido, el 82% será para el Estado (18% en regalías y participaciones, 32% por Impuesto Directo a los Hidrocarburos y 32% por una participación adicional para YPFB), y lo restante para la empresa gasífera. En el caso de empresas que durante el 2005 hayan producido menos de 100 millones de pies cúbicos diarios, no habrán cambios en la forma actual de distribución de ingresos por la comercialización.

Hasta aquí ya se puede decir unas cuantas cosas. Lo primero es el tema del cambio de las reglas de juego. Las petroleras ingresaron a invertir bajo determinadas condiciones, negociadas de mutuo acuerdo. Una vez firmados sus contratos, es el Estado Boliviano quien unilateralmente ha decidido incumplir el contrato y con la fuerza pública ha impuesto nuevas condiciones. Lo segundo es el tema de la perspectiva del negocio y la pérdida de incentivos para la participación privada. Con el Decreto en marcha las petroleras deben trabajar para un Estado que le dirá cuanto es lo máximo que pueden ganar. Y probablemente lo más grave, las petroleras no cobraran directamente lo vendido, sino que deben esperar que sea el Estado quien les gire el cheque. Con este cambio de incentivos, las empresas muy facilmente decidirán irse. ¿Y quién se quedará con todo? El Estado. ¿Y que nos dice la historia sobre la eficiencia del Estado? Que no la tiene.

Otro punto. YPFB tomará el control de por lo menos el 51% de las empresas Chaco SA, Andina SA, Transredes SA, Petrobras Bolivia Refinación SA y Compañía Logística de Hidrocarburos de Bolivia SA. Es decir, para el caso de estas empresas sencillamente una empresa estatal se convierte en su propietaria. Sí, es correcto, no adquiere la propiedad de los equipos, refinerías, ductos, plantas de procesamiento, etc. Pero adquiere el 51% de acciones y por tanto tiene absoluto poder de decisión. Mejor explicado: en una empresa el capital está representado en acciones. De manera general, todo el capital aportado por los socios equivale al 100% de acciones y una acción da derecho a un voto. La marcha del negocio se decidirá por mayoría de votos. Quien tengan el 51% decide sin que se pueda oponer el 49% restante. Los que invirtieron se quedaron sin poder dirigir la forma de recuperar su inversión y obtener utilidades pues ya no son los que deciden la marcha del negocio. Es como ser dueño de una bodega, pero quien la administra es tu vecino (que ni siquiera es familiar tuyo). Además ahora que YPFB será un accionista mayoritario, nombrará a sus propios directivos (directores, gerentes, etc.) Y con estos basta para que las empresas controladas firmen un nuevo contrato. En realidad se trata de lo siguiente. Yo no te puedo obligar a que firmes un contrato (Evo Morales siempre quiso eso). Entonces decido poseer tu mente, te quito el poder de decidir, lo asumo yo y acto seguido decido que firmes conmigo. En el fondo será el Estado quien firme consigo mismo.
Bueno, y a eso debemos sumarle el imposición de un plazo obligatorio de 180 días para que las empresas "regularicen su actividad y sus contratos o si no se van" y la innecesaria ocupación de los campos petroleros por parte de la Fuerza Armada. Digo innecesaria porque las transnacionales no tienen ejército o milicias que los defiendan. Al contrario, no sólo tienen al gobierno en contra sino también a la población manipulada en su ignorancia. Sería absurdo pensar que los estatizados fueran a lanzar la primera piedra.

La Nacionalización de Evo Morales es la adquisición y control estatal de las empresas privadas. Así de simple. Su consecuencia es el traslado del aparato estatal (el mismo que se tiene en las municipalidades, ministerios y comisarías) a una empresa. Ya se imaginan en lo que se convertirán. Además, ¿creen que habrá cabida para nuevos trabajadores eficientes o entrarán facilmente los de partido de gobierno? La participación privada será un acompañante de medio pelo. No es de extrañar que decidan no invertir más o irse. Este párrafo sería un buen momento para explicarles cuál es el fundamento de la participación privada en la explotación de los recursos naturales de un país. Tiene que ver con algo llamado Rol Subsidiario del Estado. Pero eso es muy largo y esta vez sólo quiero explicarles bien el famoso Decretazo.

¿Y el bueno para nada de Ollanta Humala, que dice acerca de la nacionalización? Miren el video.



No van a estatizar, no van a expropiar. Pero ¿el Estado participará a través de acciones? Interesante, Evo ha hecho lo mismo y eso es una expropiación a favor del Estado. ¿Fortalecimiento de reguladores? ¿Será que no cree en los que actualmente existen? ¿Creará otros o llenará los existentes de funcionarios que ahoguen las intenciones de invertir? En realidad la pregunta es si ¿sabe el bueno para nada de Humala lo que hacen hoy en día los organismos reguladores - SUNASS, OSINERG, OSITRAN y OSIPTEL? ¿Mayores impuestos? ¿Le ha preguntado el bueno para nada de Ollanta Humala a la SUNAT si es que las empresas privadas están pagando impuestos y a cuánto ascienden los montos pagados? No van a estatizar, no van a expropiar. Van a renegociar. ¿Será que les cambiará las reglas de juego? Evo Morales ha hecho lo mismo.

Por cierto, ¿qué dice Chávez a todo esto? Nuevamente miren el video.

02-05-06 Venezolana de Televisión


Cortados por la misma tijera. Y dice que nadie puede decirle nada a Evo porque es una decisión soberana de Bolivia y eso se respeta. Pero no piensa lo mismo cuando grita su apoyo al bueno para nada. Rueguen que Ollanta Humala no gane. Aunque eso sea lo más probable. Acá muchos pobres y muchas bestias (que no necesariamente son los mismos), por las razones que sean o por la culpa de quien sea, tienen grabado en la mente que el resto vive aprovechándose de ellos y que lo justo es que la propiedad del otro se comparta, que venga el Estado, la haga suya y la reparta.


PD: Hay por ahí una periodística vaca sagrada que sobre el tema acaba de escribir sandeces en su blog. A ese blogger de la vieja ola le voy a dar su tsunami bien argumentado como corresponde en mi siguiente post de mañana.

El Aymarillo Valiente "La Nacionalización de los Hidrocarburos"

Publicado en La Bitácora del Acertijo Cretino

"No hemos pedido permiso a nadie, no hemos negociado con nadie. Esta es una decisión soberana, absoluta de la patria, de la nación que recupera el control de su fundamental riqueza natural que a partir de hoy será de los 8.5 millones de bolivianos. Ya nunca más los hidrocarburos en manos de las empresas transnacionales."



Aun no se ha publicado el texto íntegro del decreto 28.701. Del alcance de las medidas se conoce lo que ha dicho Evo Morales y lo que recogen los periódicos. En el diario El País se puede leer un buen resumen.

La popularidad de Evo había caído 11 puntos, necesitaba un acto grandilocuente para reconciliarse con el pueblo que lo eligió. Aquí los buenos para nada estarán pensando que lo dictado por Evo ha sido una magnífica lección a las transnacionales. Los setentistas a estas horas, mientras duermen, estarán soñando con volver todo un FaSinPa (Fábrica sin patrones, fábricas en manos de los obreros). Buen momento para educarlos (si es que eso es posible) en lo que significa Rol Subsidiario del Estado, Seguridad Jurídica, Capacidad Técnica e Inversiones, porque de todo eso nadie entiende ni discute. Pero siendo de madrugada, las lecciones las dejo para más tarde.

Llama la atención el uso de la Fuerza Armada. Que yo sepa, Petrobras y Repsol YPF no cuentan con ejércitos propios que deban ser aniquilados para consagrar esta confiscación. Me huele al comienzo de un autoritarismo.



Lo primero que se vió
Vía la cadena Chavista - Telesur


Noticiero de la Noche
Vía la misma cadena chavista


Vía Unitel - Comunicado Oficial

De cómo se quisieron robar el decreto y filtrarlo a las petroleras.

Vía Telesur.